Trata-se de um blog com pequenas reflexões e testemunhos pessoais.
É neste espaço que revelo um pouco do que penso e do que sou.
Vejam e deixem a vossa opinião (:


2 de fevereiro de 2016

Oh mar...

Oh mar quanto tens para nos oferecer.
A tua força nos intimida.
As tuas águas enchem-nos de esperança.
O teu som no bater das rochas relaxa-nos.
E o teu mistério, o teu mistério faz-nos perceber que há sempre mais para descobrir nesta vida.
A forma espontânea com que abraças a areia é a mesma forma que nós desejamos que alguém nos abrace.
Desejamos que alguém nos segure bem apertado para não cairmos, para não sentirmos nada.
Pode até ser tão repentino como tu o fazes nas dunas que tão bem conheces.
Precisamos desse gesto.
Precisamos deste contacto para nos sentirmos vivos.
Precisamos deste contacto para conseguirmos ouvir o som da vida que existe em cada um de nós.
Oh mar como é belo perceber o que nos ensinas na tua simplicidade.
As tuas ondulações mostram-nos o quanto a vida é instável.
É preciso ser-se um verdadeiro artista para ganhar equilíbrio neste balanceamento das ondas da vida. Onde entre várias marés somos obrigados a adaptar-nos.
Tal como tu não avisas quando vais esvaziar, a vida também não nos pede autorização para mudar. Nem para arranjarmos espaço na nossa agenda. De um momento para o outro atua. Modifica. E põe ao jeito que quer.
Muitos dizem que é ao jeito de Deus, outros dizem que é somente ao jeito do acaso.
Por obra do acaso ou não, temos de pensar rápido. De fazer meia volta ou até volta e meia. Não interessam o número de voltas quando o essencial é permanecermos de pé.
Oh mar como és belo. Como és essencial para nos acalmares das aflições e ótimo para receber as nossas lágrimas, também elas carregadas de sal.
Serás tu fonte de todas as lágrimas?
Podes não ser fonte, mas és casa para muitos.
És casa de pensamentos.
És casa de acontecimentos.
És casa cheia de vida.
És a casa que guarda os segredos de muitos!
Tu, mar, és casa de salvação e de alimento de esperança.